terça-feira, 29 de novembro de 2011

Morre Toniquinho Batuqueiro, o sotaque caipira do samba de SP


Morreu nesta quarta-feira (23) Antonio Messias de Campos, o Toniquinho Batuqueiro. Natural de Piracicaba, Batuqueiro foi enterrado nesta quinta-feira às 10h30 no Cemitério Santo Antônio, em Osasco. Ele estava com 82 anos. A morte foi confirmada pelo produtor musical Renato Dias, que trabalhou com o sambista no disco "Memória do Samba Paulista de Toniquinho Batuqueiro", de 2009.
Batuqueiro é um dos protagonistas da evolução da história do samba de São Paulo contribuiu para a formação de diversas escolas. Pelo menos três sambas enredos de sua autoria foram para a avenida no Grupo Especial do Carnaval paulistano. Dois pela Vila Maria e um pela Rosas de Ouro. O primeiro em 1972 pela Rosas, "Brasil de ontem, Brasil de hoje”. Ele passou pela Vila Maria, Império do Cambuci, Rosas de Ouro e Unidos do Peruche, agremiação que participou da fundação.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Titebilidade

Alunos fumam maconha no campus. Polícia mobiliza um batalhão inteiro, lança bombas de gás lacrimogênio e o escambau  para dar um “teje preso” nos maconheiros. Alunos formam uma horda pretensamente revolucionária para defender os companheiros, sobem nas viaturas, invadem o prédio da administração e escondem o rosto com camiseta, lembrando cena de rebelião de presídio. Mais uma vez. Um deles, mais empolgado, queima a bandeira do Brasil. Mas a polícia só quer o império da lei; o cacete é inevitável, alegam. Sim, estão preparados para lidar com a situação. Preparadíssimos! Da mesma forma que na retirada dos camelôs da feirinha da madrugada. Quem manda ser ilegal e, sem direito ao contraditório, posar de comerciante de produtos piratas e roubados?
Ex-presidente descobre estar doente. Na internet, pululam mensagens de apoio juntamente a destemperos e manifestações desumanas (inconfessáveis, não fosse o anonimato) pró-tumor, não pró-pessoa. “Devia ser internado pelo SUS!”; se é contra o Lula (até câncer?), é legal. Na TV, repórter é agredida por grupelho que, pela enésima vez (sempre com surpresa e violência), atrapalha o link ao vivo. Alguns acham legal; tudo que ferra a Globo é legal. Além do mais, humor agora é assim, punk, à moda Rafinha. Para outros: “cadê a polícia que não prende esses caras?”. Ah, tá na USP, tá no Bráz... Só não está na proteção da juíza, assassinada. Ou na dos gays que andam pela Paulista. Ou na do deputado carioca, forçado a se exilar, em pleno século XXI, para que não seja morto também. Por bandido ou, quem sabe, pela própria polícia.
E tomem gritos, xingamentos, acusações, bravatas. De um lado: “Tudo vândalo, terrorista, esquerdista de merda, revolucionários de meia pataca, lixo da história, corruptos todos: PT, PC do B, Venezuela, diretório acadêmico, presidenta (faxineira é o catso!), ex-presidente metalúrgico vagabundo!”. A resposta: “Elite de merda, direita de bosta, exploradores dos pobres, parasitas do dinheiro público, indignemo-nos contra todos esses corruptos: PSDB, DEM, EUA, reitor, banqueiros, mídia, governador mauricinho, ex-presidente neoliberal entreguista (virou maconheiro também?)!”.
Quer saber, concordo com o Tite. “Está faltando namorar!”. Eis o melhor remédio para os dias que correm. Levar o jogo da vida com mais titebilidade, mas sempre em busca da vitória. Falta pensar nas coisas com mais moderação, menos fígado. Para torcer apaixonadamente, serve o Timão.
Por João Quirino