segunda-feira, 28 de março de 2011

Rapidez, conforto, comodidade. E paciência!

Aproveito a data da inauguração da Estação Butantã, da linha amarela do Metrô – aquela linha que, por enquanto, é mais para inglês ver do que para uso cotidiano da população – para fazer uma reclamação. Pego metrô todos os dias na estação Sé, por volta das 18h30. Com certa frequência sou obrigado a enfrentar uma multidão para entrar no vagão. Isso aconteceu hoje. A plataforma de embarque parece um formigueiro; nos vagões, as pessoas se tornam sardinhas enlatadas. Esse é o horário de pico, diz o auto-falante; melhor ter paciência. E haja paciência! Mas economize: você pode precisar de mais paciência amanhã ou depois de amanhã.

Com todas as ponderações, não dá para deixar de criticar a incompetência do Metrô por não tomar duas medidas simples: 1) deveriam informar as pessoas que a plataforma está lotada antes de passarem pela catraca, dando-lhes a opção de pegar um ônibus, um táxi ou ir a pé, sem ter que enfrentar a “muvuca”; 2) deveriam impedir o acesso dos espertalhões que ficam na plataforma de desembarque a fim de embarcar, no contrafluxo, sem passar pelo tumulto a que a maioria esmagadora – literalmente – é obrigada a enfrentar.

Além de diminuir o preço exorbitante do transporte público de São Paulo, seria mais do que razoável que os governos municipal e estadual procurassem, mesmo com medidas simples, melhorar um pouco o serviço. Para o usuário (cidadão?) seria mais útil do que assistir a – e pagar por – propagandas que ficam papagaiando slogans como “rapidez, conforto e comodidade”.  Paciência!

Por João Quirino

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